Pra quem não leu esse livro, fica a dica. Mas, olha, não façam isso só porque outro meio milhão de pessoas leram. Leia ACedE porque é um livro maravilhosamente lindo.
E eis aqui, em poucas palavras, que vou tentar colocar todos os sentimentos que tenho presos a mais de um ano. Vou fazer um desabafo.
Não sei se é só comigo, mas eu tenho a tendência de sempre que eu conheço alguém, eu comparo essa pessoa a algum personagem de algum dos meus livros. E isso é patético, podem dizer. Porque quais são as chances de eu encontrar alguém igual ou ao menos parecido a perfeição que os personagens de livro se encontram? As chances são quase inexistente, se não inexistente por completo.
Mas o impasse da minha vida é que eu não consigo deixar de comparar as pessoas. É um hábito vicioso que eu me fiz acostumar. E não tem jeito. Pode ser a pessoa mais incrível desse mundo, mas eu nunca vou saber porque eu enfiei na minha cabeça que tem de ser igual aos livros.
Patética a tentativa de encontrar uma tênue linha separando a pessoa real e o personagem dos livros. E isso acaba com todas as relações que eu poderia ter. Porque ninguém nunca vai chegar aos pés das coisas maravilhosas que eu leio.
E finalmente, conto o porquê de eu ter citado ACedE. O Augustus, perfeito e imortal Augustus, é um dos mais fascinantes e incríveis personagens que eu já li, sem brincadeira. Se eu tivesse que passar o resto da minha vida com um personagem apenas, esse seria o Augustus. Mas aqui está o dilema, ele não é real! E isso acaba comigo. Porque nem em um milhão de vidas eu vou achar um Gus de carne e osso. Impossível. Mas eu sou teimosa e acabo fazendo com que tudo me leve a comparar alguém ao Augustus. E, eu aposto de pé junto, que se eu algum dia encontrar um ser meramente parecido com esse personagem que marcou a minha vida, esse dito cujo já vai estar amarrado e selado, porque né.
Eu sei que isso é muito ridículo, mas fazer o quê. Essa sou eu, sempre acreditando no infeliz dos autores e suas palavras enfeitiçadas.
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