sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Ressaca literária

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Depois de uma não tão boa noite de sono resolvi que o melhor jeito de fazer com que as coisas fiquem melhores é desabafar. Então, ontem, depois de ter adiado minha leitura por uns 5 dias resolvi que era hora de ser corajosa e encarar de frente. Peguei o livro, olhei-o como quem diz "Vai encarar?", respirei fundo e embarquei na leitura. Não posso mentir para vocês, depois de ler 3 páginas já estava chorando a ponto de soluçar. Fiz até uma pausa para decidir se continuaria gerando meu sofrimento ou não. E resolvi continuar.

Para esclarecimento de dúvidas, o dito livro é Quem é você, Alasca? do maravilhoso quebrador de corações John Green. Ah, não me entendam mal, eu o amo (sério mesmo), mas que ele consegue me levar ao desespero em questão de minutos, isso ele consegue. E também o fato d'eu nunca saber se amo ou odeio os livros que ele escreve também ajuda muito. Nesse bendito (ou maldito) livro ele me fez refletir sobre diversas coisas. E como ultimamente ando gostando de refletir sobre as coisas, achei muito bom ter esse livro para me ajudar. Mas, sinto muito, não conseguirei fazer nenhuma pesquisa se eu estiver chorando até não poder mais (Nota: tentar controlar meus sentimentos enquanto estiver lendo John Green).

Eu até cogitei a ideia de ir à cozinha, pegar uma xícara de chá e me acalmar. Mas com um livro desses você não consegue deixar de lado para ler depois. Não, não mesmo. Não quando você chegou naquele ponto crítico da narrativa em que você quer com todas as forças do seu ser acabar logo com aquilo. E era exatamente assim que eu estava me sentindo. Ou pior. Portanto recusei a ideia de descer para achar um calmante qualquer e devorei as últimas páginas como se estivesse devorando um bolo de chocolate. 

Não tinha nenhuma lumicolor por perto para marcar todas as frases maravilhosas daqueles parágrafos, então qualquer dia desses terei de me aventurar de novo para grifar tudo. Mas para vocês terem noção, isso será bem difícil, porque ACEDE ainda está esperando para ser grifado e eu não consegui juntar nenhuma força no meu corpo para ler de novo e morrer chorando. Acredite, isso pode acontecer. 

Enfim. Depois de uma hora inteira perdida chorando mais meia hora perdida secando as lágrimas, eu deitei a cabeça no travesseiro e não consegui parar de refletir sobre as questões de como sair do labirinto e por que não tem um jeito mais fácil de ir a procura do Grande Talvez. Queria saber as últimas palavras dela, mas se Miles só conseguiu o "Continuamos depois." eu não merecia coisa melhor.

Boa sorte para quem irá aventurar-se no mundo do Green. E bem aventurados os que já adentraram e não conseguem mais sair.

Cuidem-se e não tenham medo de se apaixonar louca e perdidamente por um livro.
Até a próxima.

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