terça-feira, 29 de janeiro de 2013


E se eu saísse pelo mundo?

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Eu sempre achei que ter vontade de fugir de casa era loucura, rebeldia. Mas de uns tempos para cá eu venho pensando seriamente sobre isso. Não parece má ideia, parece? Esquecer todo mundo, pegar uma mochila e sair por aí, sem lugar para ir. Conhecer paisagens novas, pessoas diferentes, aprender a falar com sotaque de outra região. Na minha concepção seria maravilhoso!

Mas aí vem um pequeno problema que interfere todo o planejamento e pensamentos: para fugir necessita-se de dinheiro. Juro para vocês que a única coisa que me impede de pegar minhas coisas e sair pela porta de casa ouvindo Forever Young como trilha sonora.

Sou uma pessoa que gosta de planejamento e organização de fatos que nem aconteceram ainda na minha pacata vida. Então, seguindo o meu padrão de ser eu, planejei a minha fuga. Silenciosa, com um bilhete nada dramático deixado na geladeira. Um abraço não dado e uma promessa de voltar depois de ter ido buscar alguma coisa que ainda não encontrei. "Fui me achar", talvez se eu dissesse isso correria o risco de me perder para sempre. Sem riscos. Rápida e sorrateira.

Sei que talvez seja insensibilidade da minha parte não pensar na minha família. Sim, morreria de saudades deles, afinal eles são os únicos aos quais posso contar. E é por amá-los do tamanho do universo que eu penso em fugir. Liberar-me. Sentir-me uma vez na vida independente. Uma moça crescida. Sim, isso é um pensamento um pouco infantil, mas eu penso assim. E gostaria de levar adiante.

Só que tudo isso não passa de puro fruto da minha imaginação muito fértil. Nada demais. Ninguém precisa se preocupar que sairei para a vida na semana que vem, porque não sairei.

Ainda não juntei toda a coragem suficiente. 
Mas quando eu juntar... Só Deus pode saber o que acontecerá.

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