sexta-feira, 7 de junho de 2013


Achando um sentido oculto nas coisas

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Bem. As pessoas que me conhecem, sabem, ao sair de casa sempre estou com um livro embaixo do braço. E isso não tem exceção a regra. Sempre estou com um livro junto a mim para eventuais momentos em que poderei ler. Mas enfim, não é sobre isso exatamente que eu gostaria de falar. 

O que eu gostaria de comentar, assim, brevemente, é como gostamos de enxergar entrelinhas em tudo! É aí que vem o negócio dos livros. Todos nós já temos uma tendência gananciosa e ridícula de querer ver mais do que se tem para enxergar. E eu, com uma imaginação vasta e solta e livre, sou uma expert nesse assunto. Porque ao me submeter a leituras constantes e quase que intermináveis, adquiri uma tendência a enxergar o invisível.

Deixe-me lhe dizer algo. Ver de menos é uma coisa tremendamente ruim. Mas, digamos assim, ver demais não é lá essas maravilhas. E eu vejo demais em tudo. Nos gestos, nas palavras, nas ações, nas pessoas. Em tu-do. O que não me deixa opções para ter muitas amizades (espera, não me deixa muito mais opção, porque já não tenho quase nenhuma.

Enfim. Entendem? Quando você enxerga absolutamente tudo nítido, aí tudo bem. Aí você está enxergando o mundo com clareza etc etc etc. Mas daí quando você começa a enxergar tudo em dobro, ou enxergar palavras onde não tem nada, bem, daí você se ferra.


Acho que eu tento transformar a vida para que ela pareça um pouco mais adequada, porém acho que só torno tudo mais inadequado pra mim. E toda vez que vejo mais do que tem pra ver, toda vez que acho outros significados não ditos nos dicionários, estou me afundando em areia movediça para o total e completo desespero do excesso de informações e entrelinhas.

Espero que ninguém mais sofra do mesmo problema que eu. Mas sei que sempre tem outra "alma sofrida" por aí, então, meu caro, desejo meus solidários pêsames.

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